Fazenda SJ e fotografia.

No sábado, 19/03/11, eu e o Eduardo Rocha, fotógrafo de grande expressão no cenário do agronegócio, encilhamos um mate véio bem gaúcho e nos "bandeamos" para São Lourenço do Sul, mais precisamente na Fazenda SJ, de propriedade do Sr. João Alberto. A saída fotográfica foi para colocar em prática alguns conceitos aprendidos no curso. O lugar é de tirar o chapéu, com elementos e paisagens de sobra para registrar. Compartilho alguma coisa, tendo a plena consciência de que tenho que melhorar, e muito !

Fazenda do Socorro

Depois de tempos sem postar nada, "lambendo as feridas" de um passado triste e recente, resolvi compartilhar alguma coisa da viagem que fiz à grande Vacaria/RS.
Bueno. Num domingão de céu limpo resolvemos conhecer a Fazenda do Socorro, já na divisa com a cidade de Lajes/SC. Fomos muito bem recebidos pelo atual proprietário, Sr. Sérgio de Rossi, sua esposa e suas filhas. O que realmente impressiona é que tudo é mantido com nos tempos em que os empregados residiam na fazenda, como a cozinha, a dispensa, os quartos, etc. Cada canto, cada objeto conta um pouquinho da essência deste lugar. Por lá já passaram pessoas importantes da sociedade e da política.
Abaixo segue um pequeno texto com a história e os mistérios que rondam aquela estância.

A Fazenda do Socorro, no municio de Vacaria, tem sua viagem no Século XVIII, ao tempo em que os paulistas de Sorocaba vinham aos campos da “Vacaria dos pinhais” buscar gado e comprar Muares para o serviço da Minas Gerais. As terras da Fazenda foram dadas em Sés Maria, no ano de 1770, por ato do Governador Geral do Brasil, General Gomes Freitas de Andrade, conde de Bobadella, a José Campos de Brandeburgo, Paulista, que foi um dos 3 primeiros povoadores dos Campos de Vacaria. Ela tomou então o nome de “Sés Maria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” – que é ainda hoje a padroeira da bonita capela da atual fazenda do Socorro, situada no 1º distrito de Vacaria, a 18Km da Sede do Município. José de Campos Bradenburgo teve de seu casamento com D. Ana Maria de Braga Mello (Outros dizem que de uma união irregular com uma índia) uma única filha, Clara Jorge, que veio a desposar Manoel Rodrigues de Jesus, falecendo em 1815. O viúvo resolveu então dividir suas imensas propriedades entre seus filhos. A fração correspondente a atual fazenda do Socorro era, em 1882 propriedade de José Joaquim Ferreira, que a houvera por seu casamento com uma neta de Manoel Rodrigues de Jesus. Esta senhora sofria de alienação mental, não participando da vida e do trabalho de seu esposo, homem grandemente respeitado por seus visinhos e pelos demais fazendeiros da região. A Fazenda foi, então, cenário de trágicos acontecimentos. Vivia lá o genro de uma irmã da esposa do fazendeiro, Francisca Clara de Jesus. Este homem, de nome Domingos Gomes da Cunha, deveria ser, por testamento do velho José Joaquim Ferreira, o herdeiro de seus bens, com a condição de que vivesse na Fazenda e desse assistência ao esposo de sua tia na administração da mesma, enquanto vivos fossem ambos. Vieram, porém, a desentender-se os dois homens; Domingos, no entanto, não abandonou a Fazenda, pois do contrário se veria frustrado da herança, nos termos do testamento. A situação tornou-se cada vez mais tensa, e, finalmente, intolerável. O velho José Joaquim de Ferreira, que já andava por mais de 70 anos de idade, resolveu então anular seu testamento, deserdando o genro de sua irmã, e constituindo com herdeiros irmãos e sobrinhos de sua mulher. Nesse propósito, deliberou dirigir-se a sede da comarca afim de registrar em cartório o novo testamento, anulando o primeiro. Viajaria a cavalo, acompanhado apenas de um escravo de confiança. Domingos Gomes da Cunha, desesperado por ver-lhe escapar uma fortuna, que de a muito tinha como sua, resolveu fazer assassinar o tio, peitando para isso um seu escravo de nome Anacleto, que devia atocaiar o velho fazendeiro no caminho para a vila. Este, porém, precavido, madrugou, e viajou tão cedo que escapou a tocaia, chegando são e salvo onde o novo testamento foi devidamente assinado e registrado, perante as 5 testemunhas de costume, causando grande sensação entre o povo de Vacaria, onde logo correu a notícia. Na volta, porém, o velho fazendeiro não escapou a vingança do frustrado herdeiro, tombando assassinado. Desde o primeiro momento, ninguém teve dúvidas sobre o mandante do assassinato. Domingo e o escravo foram entimados a prestar declarações. Ambos negaram qualquer envolvimento no crime, mas o escravo acabou confessando que matou o fazendeiro e mandando Domingos Gomes da Cunha, que tentou então fugir, mas foi preso e conduzido para a cadeia de Porto Alegre, onde acabou suicidando-se. Tão Dramáticos e sangrentos acontecimentos, aos quais se acrescentará outro presumido assassinato, o da esposa do fazendeiro Luiz Brito, proprietário do Socorro em 1903, que o rumor público dizia ter morrido envenenada logo após dar a luz a sua filha Otília. Em 1903, a Fazenda, então em poder de Honório de Brito que administrava em nome de seus netos Luiz e Ieda, últimos descendentes de José Joaquim Ferreira, foi comprada por Marcos Flores de Noronha. Por essa altura, a Fazenda, aureolada de uma sombria fama pelos tristes sucessos a que dera origem, passava injustamente por arrastar um destino aziago. O contrário bem se viu a seguir. Marcos Flores de Noronha, homem de campo de larga experiência, logo dedicou-se com êxito a valoriza-la. Ao falecer em 1929, próspero e feliz, seus dois filhos, Lourdes e Abelardo herdam a propriedade, que seu genro e filha passaram a administrar com tino e entusiasmo, o seu trabalho árduo e persistente vindo a transformar em pouco tempo a Fazenda do Socorro em uma propriedade rural modelar. Sua proprietária, D. Lourdes Noronha Pinto, filha de Marcos Flores de Noronha, dedicou-se com amor a restaurar e embelezar o velho casco da estância, hoje residência de extremo conforto e bom gosto, construindo ao seu lado a linda capela da padroeira, Nossa Senhora do Socorro, e cercando o conjunto com formosos jardins. A par disso, tornou a Fazenda do Socorro o primeiro estabelecimento Rural do Rio Grande do Sul a possuir instalações completas da fabricação de laticínios e de conserva de carne em condições modernas e higiênicas. Sob sua gestão, colocou-se também à vanguarda de todos os estabelecimentos rurais do estado no tocante a implantação de pastagens artificiais, de métodos avançados de zootecnia e de agricultura, e recentemente também à fruticultura, atividade pioneira que está abrindo a região de Vacaria novos horizontes de oferta d empregos, de produção e de exportação de produtos valorizados no mercado nacional como no internacional. A fazenda do Socorro é uma das maravilhas a serem visitadas, foi importantíssima na economia gaúcha da época e é uma das mais antigas do RS, aberta a visitação. (Fonte: Vacaria.net)

Casualmente nesta viagem, inaugurei meu brinquedo novo, uma Nikon D5000. Eis o resultado:

Arte Mapuche

Para quem aprecia os ponchos de "guarda atada", muito comuns na Argentina, vale a pena dar uma olhada no site do Museo de las Americas (Denver, Colorado), especialmente a exposição sobre a Arte Mapuche.
...tudo de estimação...

Associação Gaúcha de Cutelaria


Complementando o post anterior, sobre a II Mostra da Faca Artesanal Gaúcha, aproveito para comunicar a criação da Associação Gaúcha de Cutelaria - AGC, tendo como patrono Antônio Augusto Fagundes, mais conhecido "Nico Fagundes" ou "Tio Nico". O maior interesse da associação, segundo Cássio Selaimen, um dos fundadores, é criar um ambiente de convívio social, trocar experiências, técnicas e, claro, comercializar facas. Acredito eu, como grande entusiasta da cutelaria, que muito em breve a associação promoverá cursos, palestras e oficinas, com o objetivo não só de passar adiante a arte milenar, mas também de cultivar a tradição gaúcha.

Essa é de patrão !

Na semana passada recebi minha encomenda lá de Santo Ângelo, na região das Missões. A cuia é bem antiga e estava atirada por aqui. Resolvi, então, mandar fazer este bocal de prata e ouro, que eu mesmo desenhei, inclusive com a minha marca. O bocal foi feito pelo Adão Hentz e pelo Fábio Machado, da HM Fivelas.
Do meu gosto, ficou bem ajeitado !
Bainha e "cuenta ganado" feitos pelo Marco Soares. A faca é integral, pequena e excelente para ir à mesa. Adquiri há alguns anos lá na "forja" do Leandro Quadros, em Viamão/RS.

Las "bombillas"...

Algumas das minhas bombas. Todas em prata 600 com detalhes em ouro.

Bem, amigos !

(Foto: Felipe Ulbrich)
Olha aí quem esteve prestigiando a 98ª Expofeira de Bagé, nos dias 15 e 16 de outubro de 2010: GALVÃO BUENO. Dizem que ele tem propriedades em Pedras Altas, na região da Campanha, e que não raras vezes aparece por lá para visitar os amigos. Tô achando é que ele tá de olho nos "matungo crioulo"...

Crioulos na Atrelagem

Apresentação no Freio de Ouro 2010

Pela primeira vez em solo nacional será realizada uma competição oficial de Atrelagem homologada pela Confederação Brasileira de Hipismo (CBH). O Troféu Madalena Abecassis ocorre no próximo sábado (dia 23) no Haras Larisa, em Monte Mor (SP), a partir das 10h.
Mais de 25 conjuntos participarão de provas de maneabilidade (circuito de cones) com um, dois ou quatro cavalos, nas categorias infanto-juvenil (condutores de seis a 14 anos) e iniciante-adulto (a partir de 15 anos). Serão utilizados animais das raças Crioulo, Lusitano, Bretão, Clydesdale, Haflinger e Pôneis Shetland. Carolina Borja, diretora de Atrelagem da CBH que realizou uma apresentação da modalidade antes da final do Freio de Ouro, na Expointer, com uma quadra de crioulos atrelados, marcará presença na competição com o mesmo conjunto.
Os portugueses Rui Quintino de Oliveira (condutor internacional, instrutor de Atrelagem, membro da Diretoria da Associação Portuguesa de Atrelagem) e Madalena Abecassis (condutora internacional, instrutora de Atrelagem, juíza internacional de Atrelagem da Federação Equestre Internacional), personalidade que dá nome ao troféu, estarão presentes no evento. “Com larga experiência internacional, Madalena e Rui irão dar todo o apoio à realização desta primeira prova no Brasil, o que é de extrema importância para o esporte”, afirma Carolina.
Uma atração à parte serão as provas com pôneis atrelados a carros importados da Alemanha especialmente para esta finalidade. A iniciativa visa fomentar e divulgar o esporte entre os jovens. Também será realizada a inauguração do pavilhão de carruagens do Haras Larissa, que terá o nome de Pavilhão Eduardo de Moraes Dantas. Ainda ocorrerá uma exibição de Cavalos Lusitanos engatados, conduzidos por Rui e Madalena ao som de guitarra portuguesa, algo inédito na história dos leilões de Cavalos Lusitanos.
O Troféu Madalena Abecassis faz parte da programação do 1º Leilão Top Pinhais, que ocorrerá no mesmo dia, às 15h, no Haras Larissa. Promovido por Luís Ermírio de Moraes (Coudelaria Alegria dos Pinhais) e Tonico Pereira (Top Agropecuária), criadores de cavalos Puro Sangue Lusitano de renome internacional, o evento oferecerá aos interessados animais de alto valor genético e muita funcionalidade.
Programação
9h – Abertura da pista para reconhecimento do percurso para todas as categorias.
10h – Início da Prova de Maneabilidade para condutores de 15 anos ou mais.
12h15min – Início da Prova de Maneabilidade com um ou dois cavalos para condutores de seis a 14 anos.
12h45min – Premiação.
Sobre a Atrelagem – Popular na Europa, com adeptos como o príncipe Philip, marido da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, a Atrelagem (Driving, em inglês) é o esporte equestre mais antigo que existe – virou modalidade da Federação Equestre Internacional (FEI) em 1970. São carruagens puxadas por um (atrelagem para um cavalo), dois (parelha) ou até quatro cavalos (quadra) nas categorias Adestramento, Maratona e Maneabilidade com cones. A Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) oficializou a Atrelagem no país em 2009, graças aos esforços de Carolina Borja, nomeada diretora técnica de Atrelagem da CBH.
Maiores informações sobre Atrelagem podem ser adquiridas no site da CBH ou com a própria Carolina Borja pelo e-mail carolborja@terra.com.br ou (19) 9634 8593.
Fonte: ABCCC
Mais fotos da série "Imagens do Pampa".

Cássio Selaimen: dentista e cuteleiro

Há mais ou menos 3 anos, conheci o trabalho de Cássio Selaimen, um dentista de Porto Alegre que aprendeu o ofício de fazer facas. Suas peças, principalmente as forjadas em aço damasco, são simplesmente lindas. Pelo que pude perceber, Cássio tem preferência/gosto por facas grandes, finas e pontudas, estilo "carneadeira", além, claro, da rusticidade das peças. Reza a lenda que ele não as vende por preço algum, apenas presenteia os amigos.
Abaixo, sem dúvida a faca mais bonita que eu já vi:
Esta faca foi presente de Cássio Selaimen à Gilberto Loureiro de Souza, mais conhecido no meio crioulista como "Alemão Gilberto", Superintendente do Serviço de Registro Genealógico da ABCCC e um dos homens que mais entende da raça crioula no mundo.

ABCCC tem novo presidente.

Manuel Luís (D) recebeu o bastão - símbolo da transição de Roberto Davis (Foto: Felipe Nyland)
O tradicional gesto da entrega do bastão marcou a posse de Manuel Luís Benevenga Sarmento como presidente da ABCCC. A solenidade realizada na sede da entidade em Pelotas/RS, contou com a presença de mais de 150 pessoas, entre crioulistas, convidados e autoridades.
A cerimônia, realizada na noite do dia 1º de outubro, durou cerca de uma hora. Roberto Davis, que liderou a casa no biênio 2008/2010, fez um rápido balanço de sua gestão e em seguida chamou o amigo Sarmento para assumir o comando da Associação. Ambos lembraram a importância da raça e as conquistas que o cavalo Crioulo vem alcançando nos últimos anos.
Durante a noite houve ainda o descerramento da foto de Davis na galeria dos ex-presidentes. O prefeito de Pelotas, Adolfo Fetter Júnior, acompanhou a cerimônia e colocou a prefeitura à disposição da ABCCC. Em seu pronunciamento Fetter deixou claro o orgulho da cidade em sediar uma organização que congrega um dos principais símbolos do Rio Grande do Sul, o cavalo Crioulo.
Manuel Benevenga Sarmento é natural de Bagé/RS e ficará a frente da ABCCC nos próximos dois anos.
Fonte: ABCCC

SJ Rodopio está na final da Copa do Mundo !

Wellington Teixeira e SJ Rodopio foram o melhor conjunto brasileiro (Foto: Jonio Salles)

No domingo (26/9) pela manhã, em um solo onde um cavalo Crioulo jamais havia pisado, Wellington Teixeira e SJ Rodopio, entraram na pista. Ovacionados por toda arena, cavaleiro e cavalo somaram 217 pontos e garantiram vaga para a final (30/9) de rédeas dos Jogos Equestres Mundiais (Weg), que ocorre em Lexington Kentuchy, nos EUA. Na disputa estavam presentes 85 de 22 países.
O conjunto obteve a melhor pontuação da equipe brasileira, formada por dois cavalos Crioulos e dois Quarto de Milha – até então soberanos nesta competição, que é considerada a Copa do Mundo dos cavalos.
Wellington e SJ Rodopio ficaram com a 15ª vaga, a derradeira dessa etapa. João Felipe Teixeira, com o Quarto de Milha Remenic N Poço, também teve um bom desempenho, ficando apenas meio pontos atrás de Wellington, mas não o suficiente lhe garantir vaga. Fez 216,5 pontos, ficou em 17º e ainda tem chances na repescagem de terça-feira (28/9) que leva mais cinco à final.
Paulo Koury, que montou o outro Quarto de Milha e Jango Salgado, responsável pela condução do Crioulo Leopardo do Infinito, ambos com 212 pontos e na 32º posição, saíram visivelmente insatisfeitos com o resultado das pistas, mas também têm chances na prova de terça feira, quando disputam cinco vagas entre 20 candidatos.
Esse material foi produzido com o apoio do Programa Cavalos Crioulos e Revista Horse, que estão e, Kentucky acompanhando o passo a passo da raça Crioula no mundial.
A cobertura completa feita por eles pode ser acompanhada nos seguintes locais:
- Programa Cavalos Crioulos, no Canal Rural ou através do site.

- Revista Horse, no Twitter pelo endereço www.twitter.com/revistahorse ou ainda pelos blogs www.revistahorse.com.br/blog ou www.bloghorse.com.br
Fonte: ABCCC
Hino do Rio Grande do Sul - Foto: Daniel Sempé

Conhecidos os campeões de Prado - Uruguay

Quelén Araucária, Melhor Exemplar da Raça
Arrayán Estribo, Grande Campeão

Entre os dias 8 e 13 de setembro, mais uma importante exposição latino-americana da raça Crioula foi realizada. Reconhecida como a mais importante seletiva morfológica do Uruguai, a Expo Prado teve a participação de cerca de cem animais, de mais de 30 diferentes cabanhas. Além dos uruguaios, brasileiros e argentinos com criatórios no país vizinho também tiveram exemplares expostos na mostra.

O evento, promovido pela Sociedad de Criadores de Caballos Criollos del Uruguay, teve como jurado na exposição, Luiz Alberto Bastos. Na ocasião, teve destaque o fêmea Quelén Araucária, escolhida a melhor exemplar, e o macho, Arrayán Estribo, apontado como Grande Campeão. Além da Expo Prado, a Expo Otoño e a Expo Interior também são seletivas da raça realizadas no país.



Confira o resultado final da Morfologia:


Fêmeas

- Grande Campeã, Melhor Exemplar da Raça e Campeã Potranca: Quelén Araucária, de Aznárez Elorza Hnos
- Reservada Grande Campeã e Campeã Égua Menor: Porá Negralinda, de Carlos Parietti
- Terceira Melhor Fêmea e Reservada Campeã Potranca: El Gavilán a Punto Caramelo, de Guzmán e Magdalena Vergara
- Quarta Melhor Fêmea e Campeã Égua Maior: Pavita Poral, de José María Campiotti
- Terceira Melhor Potranca: Farolera Constancia, de Sapelli Gutiérrez Hnos
- Quarta Melhor Potranca: Cardenal Batuta, de Sapelli Stirling Hnos
- Reservada Campeã Égua Menor: Porá Payanca, de Carlos Parietti
- Terceira Melhor Égua Menor e Melhores Aprumos: Genoveva 343, de Marcos Uriate
- Quarta Melhor Égua Menor: Colorada, de Laura Radunz Ferreira
- Reservada Campeã Égua Maior: Alférez Chaqueña, de Esteban Uriarte
- Terceira Melhor Égua Maior: Alférez Puñalada, de Esteban Uriarte
- Quarta Melhor Égua Maior: Coé Artiguense, de Glencoe SG

Machos


- Grande Campeão, Campeão Garanhão Menor e Melhor Cabeça: Arrayán Estribo, de Sapelli Gutiérrez Hnos
- Reservado Grande Campeão e Reservado Campeão Garanhão Menor: Del Silencio Desefuero, de Burjel Parietti Hnos e Ricardo Musselli Carmona
- Terceiro Melhor Macho e Campeão Garanhão Maior: Quelén Boticario, de Aznárez Elorza Hnos
- Quarto Melhor Macho e Terceiro Melhor Garanhão Menor: Carrasco de los Campos, de Salpay SA
- Campeão Potro: Porá Rascabuche, de Carlos Parietti
- Reservado Campeão Potro: Jagüel Hueso, de Green Belt SA
- Terceiro Melhor Potro: Ventarrón Pampa, de Pablo Fiorella
- Quarto Melhor Potro: Yúbelly Fogoso, de César Musselli
- Quarto Melhor Garanhão Menor: Jagüel Galeón, de Green Belt SA
- Reservado Campeão Garanhão Maior: Gato don Agustín, de Cecilia Cabrera
- Terceiro Melhor Garanhão Maior: Jagúel Frenazo, de Green Belt SA
- Quarto Melhor Garanhão Maior: Arrayán Sargento, de Sapelli Gutiérrez Hnos
- Melhor Conjunto: El Gavilán, de Guzmán e Magdalena Vergara Larrechea


Fonte: ABCCC
Mais fotos da série "Imagens do Pampa":
*A publicação das fotos neste blog foi expressamente autorizada pelo autor.

Freio de Ouro 2010

Pampa de São Pedro levou o ouro no machos. (foto: Emílio Pedroso)

Foi em meio a uma multidão de mais de 20 mil pessoas que Alcalina 441 Maufer e Pampa de São Pedro conquistaram, no domingo (29/8) à tarde, o título máximo da raça Crioula. A solenidade de abertura ocorreu às 12h30min. Além do tradicional desfile de bandeiras, houve desfile de atrelagem, esporte equestre mais antigo do mundo.
Entre as fêmeas o Freio de Ouro foi definido já no sábado, quando a égua gateada da Cabanha Maufer, de Cruzeiro do Sul/RS assumiu a liderança. Mas, foi entre os machos que ocorreu a grande surpresa. Viragro Rio Tinto, que também começou a pontear no sábado, não conseguiu vencer o boi e, na última volta da prova de campo, acabou fora da pista. Pampa de São Pedro precisou complemetar a etapa com um coringa.
A árdua tarefa do julgamento foi dividida entre André Luiz Narciso Rosa, Eduardo Móglia Suñe e Luís Alberto Martins Bastos – categoria fêmeas – e Cássio de Souza Bonotto, José Francisco Pereira de Moura e Mario Móglia Suñe.
Duplo bicampeonato
Além do ginete Nei Lima, que conquistou pelo segundo ano consecutivo o Freio de Ouro, a Cabanha Maufer também garantiu o bicampeonato. No ano passado o estabelecimento já havia vencido o prêmio na categoria fêmeas.
O prata que virou ouro
Freio de Prata em 2009, Pampa de São Pedro que largou na quinta-feira em terceiro na morfologia e após as provas de andaduras, figura, volta sobre patas e esbarradas caiu para a sétima posição, recuperou-se na prova de mangueira I, quando na segunda colocação começou a pleitear a vaga de número um.
O douradilho bragado rabicano, da Cabanha GAP São Pedro, de Uruguaiana/RS, foi conduzido pelo tricampeão Lindor Collares Luiz. O ginete já coleciona outros prêmios com três Freios de Prata e três de Bronze. O último ouro dele havia sido conquistado em 2004.
A segunda colocada na categoria fêmeas foi Oro y Rienda do Infinito da Cabanha Infinito de São Sepé/RS. O bronze ficou com Herança do Carrachi da Estância Vendramin, de Palmeira das Missões/RS.
Já entre os machos o Freio de Prata ficou com Haragano da Boa Vista da Cabanha Marupá, de São Francisco Paula/RS e o Bronze, com Manotaço do Infinito, da Agropecuária Quitauna, de Cachoeira do Sul/RS.
Os destaques de 2010
O ginete Raul Lima foi escolhido, pelos dois trios de jurados como o domador do ano. Cézar Augusto Schell Freire, o ginete que classificou até hoje o maior número de animais para uma final do Freio de Ouro (12), acabou garantindo vaga no podium como o ginete do ano.
Fonte: ABCCC

La Martina

Como havia dito no post sobre as “talabarterias” argentinas, minha idéia era trazer bastante coisa, em especial, o famoso poncho pampa de lã de ovelha, tecido à mão. O poncho realmente não deu, em razão do valor, que, na minha opinião, é alto de mais para um produto tipicamente regional.
Sobre a grife de pólo La Martina, tinha quase certeza de que, assim como aqui, lá também era um produto caro, justamente porque o esporte é bastante elitizado. A saber, a Argentina é o país onde mais se jogo pólo na América, além de contar com 9 dos 10 melhores hadicaps do mundo. (handicap é um critério de classificação de equipes e jogadores de pólo).
Conheci praticamente todas as lojas da La Martina em Buenos Aires e, para minha surpresa, existem sim produtos bem mais baratos que aqui. A diferença lá, é que em todas as lojas têm muitos produtos em liquidação e com todas as numerações, o que facilita a compra. Obriguei-me a trazer 2 coletes de soft, que, na verdade, valem por 4, porque são reversíveis, e uma camisa em xadrez quadriculada. De brinde ainda levei uma “bocha”, bola usada no pólo. Tudo isso por U$ 256,00, pouco menos de R$ 460,00. Com esse valor, talvez não conseguisse comprar nem sequer um colete aqui no Brasil.
Loja na Av. Santa Fé.

Yerba mate argentina.

Ainda sobre a viagem à Argentina, escrevo agora sobre a erva mate dos porteños. Quando cheguei lá, estava curioso para ir a um supermercado. Já no primeiro dia passei num mercadinho na "calle Florida" e comprei meio quilo de Rosamonte pra matear no outro dia cedo. Em Buenos Aires, pelo menos, notei que existem vários mercados chamados de "express". São grandes redes, como o Carrefour, por exemplo, só que numa versão bem menor.
A Rosamonte eu já havia experimentado aqui e não tinha gostado. Comprei lá achando que poderia ser um pouco melhor, mais nova, mais verde. Engano meu. Já na gôndola do supermercado encontrei várias marcas que não conhecia: Nobleza Gaucha, Cruz de Malta, Unión, La Merced, Playadito, La Tranquera, Amanda, etc.
Trouxe 3kg de erva, em pacotes de meio quilo cada: La Merced, Cruz de Malta, La Tranquera e Rosamonte. Não tive tempo de provar todas, mas pelo que observei são fortes, secas, com muita folha e de cor amarelada. (esse contrabando de erva foi responsável por 30 dólares de excesso de bagagem)
Macrofotografia - Fuji S1800
Eu e o mano véio na 1ª etapa do circuito gaúcho do Cavalo Appaloosa, no Haras Shunkawakhan. (foto retirada do site www.appaloosa.com.br)

Buenos Aires e as "talabarterias".

Como havia dito, fiquei uma semana em Buenos Aires/AR. Além de todos aqueles passeios clássicos e obrigatórios na província (fotos aqui), fui para conhecer os "gauchos" da Argentina, principalmente as "talabarterias", que aqui chamamos de bolicho ou selaria (lojas que comercializam pilchas, montarias, arreios, cuias, facas, etc.).
Quando o assunto é indumentária gaúcha, os porteños nos dão de relho. Mas também é só nisso, no resto deixam muito a desejar, principalmente na receptividade e educação com os turistas.
As talabarterias são realmente de muito bom gosto, com produtos que vão desde a lida no campo até os trajes de gala, alpaca e plateria criolla. Fiquei impressionado com a qualidade e a diversidade dos produtos. O que predomina lá é o couro de capincho e a faixa pampa.
Minha idéia era trazer um poncho pampa de lã de ovelha, tecido à mão. Em Porto Alegre só vi para vender na La Victoria e no Los Corrales (lojas oriundas da Argentina), que, casualmente, também pude visitar em Buenos Aires. Aqui não se acha por menos de 2 mil reais. Lá o mais barato que encontrei foi de mil e trezentos reais, o que é absurdamente caro para um produto regional.
Não trouxe o poncho, mas trouxe cinto de capincho, cinto de couro cru com faixa pampa bordada, 3 cuias, camisas e coletes da La Martina, uma "campera" (espécie de jaqueta em matelasse) da Manos Argentinas e um cachemire em losango (sweater com pêlo de coelho).
A talabarteria mais famosa e maior da Argentina é a Arandú.